A civilização cretense ou egéia surgiu a partir de 2000 a.C., no mar Egeu, na ilha de Creta, constituindo-se na mais importante da Antigüidade e também a mais influente de toda a história. As cidades cretenses tinham ruas em curva de nível, estreitas, pavimentadas e com rede de água e esgoto.
Como a superfície contínua da Grécia era bastante limitada, os
povos gregos passaram a habitar também as ilhas próximas. Essas ilhas constituíam a Grécia colonial, composta por terras mais distantes.
Na península grega fundam-se praças militares: Orcomenos, Tebas e Micenas.
Em 1450 a.C. os aqueus invadem Creta e destroem Cnossos, formando uma nova dinastia, à qual se deve diversas transformações, inclusive o tipo de escrita. Com a queda de Cnossos, Micenas passa a ter mais importância.
A civilização micênica era militarista e comercial. Suas cidades possuíam muralhas protetoras, de alvenaria de pedra ciclópica e deram origem às cidades gregas, que eram um labirinto de becos, sem drenagem e sem esgotos canalizados. Com exceção dos templos e muralhas, seus edifícios eram de construção simples e perecível.
Cidade grega na antiguidade
Desde o século VIII a.C., por conta da geomorfologia acidentada, formaram-se pela Grécia diversas cidades independentes, cada uma com seu próprio governo, suas leis, seu calendário e sua moeda. A cidade e a ágora eram irregulares na forma.
Com relação ao tipo de uso, a ágora aos poucos passou de praça do mercado para espaço político – onde os gregos votavam suas leis. Ela situava-se no centro geométrico da cidade, próximo dos edifícios públicos.
Essas cidades eram chamadas de polis, palavra traduzida por cidade-estado. A polis compreendia uma área urbana e outra rural. A área urbana freqüentemente se estabelecia em torno de uma colina fortificada denominada acrópole – do grego akrós, alta e polis, cidade. Nessa área concentrava-se o centro comercial e a manufatura.
Os mais belos monumentos arquitetônicos da Grécia antiga constituíam-se de templos dedicados a vários deuses. Esses templos agrupavam-se na parte alta da cidade. O principal deles era o Partenon, construído pelo arquiteto Fídias.
Na área rural a população dedicava-se às atividades agropastoris, como o cultivo de oliveiras, videiras, trigo, cevada e criação de rebanhos de cabras, ovelhas, porcos e cavalos.
No século V a.C., destacou-se o urbanista Hipódamos de Mileto. Ele procurava atingir a especialização de função das zonas urbanas, a busca de efeitos estéticos e o desenvolvimento da ágora como espaço isolado e cívico, também observava a orientação e defendia o dimensionamento das ruas segundo a intensidade de seu uso.
Para Hipódamos a cidade deveria subdividir-se em três partes principais: a dos deuses, a do Estado e a dos indivíduos. Ele chegou a ser conhecido como o pai do sistema xadrez, título que caiu por terra após a descoberta de Harapá e Moenjo Daro, cidades antigas que haviam empregado esta mesma solução em seu traçado urbano muito antes dele.
Os gregos desenvolveram legislação de uso e controle do espaço urbano, especialmente depois do século IV a.C. As obras eram decididas pelos cidadãos que nomeavam as pessoas que iriam acompanhá-la e o arquiteto que tomaria as decisões técnicas.
A cidade grega atinge um dos objetivos da arte urbana: é orgânica, com cada órgão no lugar onde deve cumprir sua função específica. Essas cidades foram implantadas nos tempos históricos mais remotos, muitas delas apresentando uma organização perfeita. A cidade contemporânea tem sua linhagem na Grécia.
Os gregos fundaram muitas cidades, cada qual mantendo sua independência, mas apesar disso, sentiam que formavam um só povo, o que desenvolveu na Grécia o sentimento pátrio.
Em algumas cidades, a agricultura foi substituída por outras atividades econômicas, atraindo elementos estrangeiros e provocando o acréscimo do número de escravos. As classes que não participavam da política aumentaram, numericamente enquanto se agrupavam na cidade e tomavam consciência da força que possuíam.