Um fato muito comum na região amazônica é a multiplicação dentro da família. Os pais geram seus filhos, que quando crescem, casam-se e tem os seus filhos, a segunda geração. E qual é a diferença em relação às outras regiões do Brasil? É que nesta região ainda encontramos terra disponível dentro dos imóveis para produzir também a habitação da nova família.
Vista Frontal - mostrando as duas residencias, projetadas para o mesmo imóvel.
O projeto em questão apresenta exatamente uma situação dessas: D. Olinda e Sr. Timóteo geraram Everaldo, que casou com Bruna. Dessa união nasceram Brendha e Bianca. Agora eles vão morar em casas separadas, mas dentro do mesmo lote.
Corte.
D. Olinda, hoje viúva, precisava de um local digno para morar com sua filha e dois netos. Essa casa precisaria ter sala de estar, três quartos – um com banheiro, banheiro social, cozinha ampla – para receber os outros filhos e famílias para o almoço do domingo, lavanderia e uma pequena varanda.
Planta Baixa - Residencia D. Olinda.
Detalhe 1: Quarto da filha - com banheiro, banheiro social e quarto dos netos.
Detalhe 3 - Casa de Everaldo e Bruna, cozinha e estar.
Alguns fatores nortearam este projeto, além das necessidades apresentadas pelos clientes:
• As exigências do plano diretor – que nesta região exigia que a ocupação não ultrapassasse 50% do lote,
• A declividade natural do terreno e
• A necessidade de privacidade para as duas famílias – elas precisariam conviver sem limitar seus próprios direitos.
O resultado deste trabalho constitui-se em um conjunto harmônico de duas edificações de padrão médio, com espaço para suas necessidades e uma área livre que garante a drenagem natural.
De tudo, o que sentimos falta no final foi da presença do Sr Timóteo, para ajudar a executar esse sonho e, sobretudo, usufruir dele. Saudades eternas, meu sogro!