sábado, 30 de maio de 2009

A CIDADE CLÁSSICA DA RENASCENÇA

A Renascença sinaliza a origem dos tempos modernos, caracterizando-se como um movimento de retorno às artes e conhecimentos da antiguidade, nos séculos XVI e XVII. Neste período as cidades aumentam ainda mais sua importância.

Jardins da Cidade Renascentista

A cavalaria perde valor para a artilharia e infantaria enquanto que os canhões tornam obsoletas as muralhas, que desempenhavam a função de defesa dos lugares.

A arte urbana copia da arquitetura seu desenvolvimento clássico (classicismo). As cidades descem das colinas e os traçados regulares dominam, sendo que as ruas irradiam de uma praça central, onde se encontram os canhões.

A igreja passa a ter destaque em grandes áreas ajardinadas.

Na cidade renascentista, os jardins se ampliam em extensas praças com desenhos geométricos, escalonados. É o jardim monumental para ser observado e pouco desfrutado.

Cidade Renascentista
Villa Lante - 1560
Begnáia/Itália

Ana Cunha Araújo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

EARLY BAROQUE GARDENS IN ITALY

FERRARI, CÉLSON Curso de planejamento municipal integrado - URBANISMO. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 2ª edição, 1979, 631 p.

VILLA LANTE

Wikipédia Renascimento

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PLANEJAMENTO URBANO

A organização e o desenho de assentamentos humanos, desde as menores vilas até as maiores cidades, é o centro de ação do planejamento urbano. Desta forma, esse planejamento é:

  • O processo de criação e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar certos aspectos como a qualidade de vida da população;
  • O planejamento de uma nova área urbana em uma dada região.

O trabalho dos planejadores não deve ser considerado como neutro.






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segunda-feira, 25 de maio de 2009

A URBANIZAÇÃO MEDIEVAL

Castelo - urbanização medieval


Com a queda do Império Romano do Ocidente a Europa é envolvida por um constante estado de guerra. A cidade era um alvo fácil às pilhagens dos povos bárbaros, e por isso, os citadinos fugiam para os campos gerando do século V ao IX a grande desurbanização.

Nessa época surge o feudalismo na Europa, com as seguintes características:
  • Passaram a existir pequenos burgos de traçado irregular
  • As ruas eram estreitas e pavimentadas.
  • As casas não abriam janelas para as ruas, defendendo-se do mau cheiro.
  • A igreja era o centro da vida comunitária.
  • O regime era teocrático – com os bispos, dominando os homens e as terras.
  • O teatro e a arena da Roma pagã desapareceram, os deuses do paganismo foram substituídos pelos santos cristãos.


Do século IX ao século XI, acontece uma seqüência de invasões na Europa, provocando o novamente o surgimento das muralhas.

O burgo assume novas funções: abriga os artesãos que se associam em “corporações de ofício” e os comerciantes reunidos em “corporações de mercadores”.

Torre de Belém - urbanização medieval

O comércio e as cidades renascem a partir do século XIII. O capital comercial começa a se expandir através do comércio nacional pelas rotas marítimas, originando uma burguesia rica.

Esse período da Idade Média é marcado por uma intensa urbanização. O perfil das cidades passa a ser dominado pelo castelo e pela catedral.


Fontainebleau- urbanização medieval


Qualitativamente, a cidade do medievo é superior à cidade antiga, por ser mais humanizada, ter hospital, hospedaria para forasteiros, abrigo para inválidos e pobres.

Estas cidades não possuíam jardins públicos, eles eram sempre particulares.


Ana Cunha Araújo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FERRARI, CÉLSON Curso de planejamento municipal integrado - URBANISMO. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 2ª edição, 1979, 631 p.

terça-feira, 19 de maio de 2009

EVOLUÇÃO URBANA DE RIO BRANCO - ACRE - 5o Período

Desde 1999 se realizam diversas obras em Rio Branco, especialmente nas vias estruturantes. Também aconteceram obras destinadas à revitalização do centro mais antigo da cidade, recuperação de prédios públicos e implantação de equipamentos como, por exemplo, o Parque da Maternidade.

Obras que merecem ser citadas:

  • Via de acesso ao novo Aeroporto Internacional de Rio Branco,
  • Construção e urbanização do Parque da Maternidade,
  • Construção o Parque Tucumã,
  • Reforma do Palácio Rio Branco – sede do governo estadual,
  • Reforma do Calçadão da Gameleira e praças Eurico Dutra e do Seringueiro, nos arredores do Palácio Rio Branco.
  • Alargamento das vias Estrada Dias Martins, Av. Ceará e Rua Valdomiro Lopes,
  • Construção do Anel Viário/3ª Ponte.

Mapa esquemático de Rio Branco para este período - Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Branco



Ana Cunha Araújo


Fontes de pesquisa:

EVOLUÇÃO URBANA DE RIO BRANCO - ACRE - 4o Período

1970 – 1998

Durante seunmandato, o Gov. Vanderley Dantas estimulou a vinda de empresas, fazendeiros e especuladores de terras para o Acre. Estes adquiriram terras dos seringalistas falidos e sem crédito.

Essa mudança muito contribuiu para o desmatamento e a transformação dos seringais em fazendas, provocando o êxodo de milhares de famílias. O fluxo migratório resultou em uma verdadeira explosão em Rio Branco.

Características referentes à formação urbana da cidade:
  • Os bairros que surgiram no período anterior continuam atuando como focos de atração dos moradores da cidade.
  • Muitos dos fenômenos sociais que ocorriam nas áreas florestais passam a acontecer também em Rio Branco.

Neste período o crescimento da cidade se dá de forma extremamente acelerada. Novos bairros originados de invasões desordenadas sem a mínima infra-estrutura - muitas vezes situados em locais alagáveis ou impróprios, como também a partir de loteamentos clandestinos e conjuntos residenciais mal projetados e/ou implantados.

Mapa esquemático de Rio Branco para este período - Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Branco

Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 1o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 2o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 3o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 5o Período

Ana Cunha Araújo

Fontes de pesquisa:

sexta-feira, 15 de maio de 2009

EVOLUÇÃO URBANA DE RIO BRANCO - ACRE - 3o Período

1941 – 1970


A partir de 1942, com o início da Batalha da Borracha, as cidades acreanas ficam muito mais agitadas pois os seringais voltam a produzir e o comércio volta a prosperar.

Nesse mesmo ano o Governador Oscar Passos adquire as terras remanescentes do antigo Seringal “Empreza” para a implantação de novas colônias agrícolas no entorno da cidade.

Nesse período, parte das terras do Seringal “Empreza”, ao norte da atual avenida Ceará, é definida como “Zona Ampliada” e dividida em lotes para o futuro crescimento das áreas urbanas da cidade.

Mapa esquemático de Rio Branco para este período - Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Branco


Guiomard Santos é responsável por um grande programa de obras públicas que altera mais uma vez a paisagem de Rio Branco. Obras públicas executadas neste período:

  • Aeroporto Salgado Filho (Aeroporto Velho),
  • Maternidade Bárbara Heliodora,
  • Conclusão das obras do Palácio Rio Branco
  • Conclusão da reforma do prédio da antiga penitenciária que foi transformado no Hotel Chuí.

Os equipamentos instalados pelo governo territorial e as colônias agrícolas servem como novos pontos de atração e fixação urbana - a Cerâmica, o Aviário, a Estação Experimental, o Aeroporto Velho, a colônia São Francisco, a Fazenda Sobral, a colônia Apolônio Sales, entre outros, dão origem a alguns dos atuais bairros da cidade.

Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 1o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 2o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 4o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 5o Período

Ana Cunha Araújo

Fontes de pesquisa:

EVOLUÇÃO URBANA DE RIO BRANCO - ACRE - 2o Período

1909 – 1940

A partir de 1909, inicia-se a ocupação de lotes urbanos na margem esquerda do rio Acre até o limite da atual avenida Ceará. Isso acontece como resultado da abertura de quatro ruas – Epaminondas Jácome, Benjamin Constant, Marechal Deodoro e a atual Getúlio Vargas.

Por outro lado, a área urbana do 2º distrito não tem como se expandir pela presença de terrenos alagadiços e de áreas particulares ocupadas por pastos.

Entre 1927 e 1930, o Gov. Hugo Carneiro implementa um programa de construção de prédios que muda a paisagem da cidade:
  • Mercado Municipal à margem do rio,
  • Palácio Rio Branco,
  • Quartel da Polícia,
  • Penitenciária (atual Prefeitura Municipal)
  • “Stadium” do Rio Branco Futebol Clube no limite da cidade, ou seja, na atual avenida Ceará.

Mapa esquemático de Rio Branco para este período - Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Branco

Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 1o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 3o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 4o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 5o Período


Ana Cunha Araújo

Fontes de pesquisa:

sexta-feira, 8 de maio de 2009

EVOLUÇÃO URBANA DE RIO BRANCO - ACRE - 1o Período

Palácio do Governo - Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Branco-Ac



1º PERÍODO - 1882 a 1908

  • Transformação do seringal Volta da “Empreza” em povoado – “Villa” Rio Branco.
  • Alcance da liderança política e econômica do Acre, proporcionando a Rio Branco a condição de capital.
  • Restrição do povoado Volta da “Empreza” – “Villa” Rio Branco a uma faixa de terra na margem direita do rio Acre (2º Distrito).

O Seringal Volta da “Empreza” fundado em 28 de dezembro de 1882, por Neutel Maia, deixou de ser um espaço privado – de domínio do seringalista – para se tornar um espaço público.
O centro comercial fixa-se deste lado do rio fomentando assim a ocupação de forma geral.

A Casa Nemaia e Cia., situada no primeiro arruamento da cidade, atualmente chamada de Rua Eduardo Assmar, passa a ser rerferência para o porto da Volta da “Empreza”.


Organizam-se os primeiros “bairros”:

  • Canudos – área na volta do rio Acre, acima da Gameleira.
  • Centro – rua ao longo da margem do rio, no trecho entre a Gameleira e Ponte Metálica.
  • Rua África – extensão de uma rua em direção ao igarapé da Judia.
  • Bairro Quinze, que surgiu durante a ocupação militar de 1903, quando se instalou na região o 15º Batalhão de Infantaria do Exército.


Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 2o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 3o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 4o Período
Veja a Evolução Urbana de Rio Branco - Acre- 5o Período



Ana Cunha Araújo

Fontes de pesquisa:

quarta-feira, 6 de maio de 2009

PARCELAMENTO ou EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIOS

PARCELAMENTO ou EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIOS
Instrumento que obriga os proprietários de imóveis urbanos a utilizar socialmente estes imóveis, de acordo com o disciplinado no Plano Diretor do Município. Pode ser através do parcelamento de uma área urbana não utilizada ou sub-utilizada ou a edificação de uma área urbana não edificada.

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Operações urbanas consorciadas

De acordo com Renato Saboya, "Operações urbanas consorciadas são intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do Poder Público e envolvendo a iniciativa privada, os moradores e os usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental.
Nesse instrumento, o Poder Público deve delimitar uma área e elaborar um plano de ocupação, no qual estejam previstos aspectos tais como a implementação de infra-estrutura, a nova distribuição de usos, as densidades permitidas, os padrões de acessibilidade, etc. Trata-se, portanto, de um plano urbanístico em escala quase local, através do qual podem ser trabalhados elementos de difícil tratamento nos planos mais genéricos (tais como altura das edificações, relações entre espaço público e privado, reordenamento da estrutura fundiária, etc.)..."

Veja a íntegra do texto em... http://urbanidades.arq.br/2008/08/operacoes-urbanas-consorciadas-uma-introducao/

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OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Trata-se da criação de um coeficiente básico de aproveitamento previsto pelo Estatuto da Cidade. Em acima deste coeficiente, o proprietário para construir, terá que dar uma contrapartida para o Poder Público, justificando-se pelo adensamento a ser provocado.

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sábado, 2 de maio de 2009

EVOLUÇÃO URBANA DO ACRE

Os primeiros agrupamentos humanos formam-se a partir do seringal - que constitui um núcleo, no interior da floresta, formando assim a primeira unidade econômico-social da Amazônia.

O local da sede era escolhido em região de terra firme e elevada, localizada junto a um rio principal. A proximidade ao rio deve-se ao fato do mesmo representar o único meio de comunicação e transporte.



Localização da sede, próxima a um rio e a distribuição das estradas que levavam até as colocações - Croqui elaborado por Euclides da Cunha em 1905(Fonte: RANCY, 1992)


Embora a localização do barracão fosse sempre próxima ao rio, as colocações se distribuíam à partir daí, bastante espaçadas uma das outras, em direção ao interior da floresta.

O Acre não obteve força econômica para superar a crise iniciada pós 1912, causada pela supremacia da Ásia com relação a produção da borracha. O crescimento que vinha acontecendo nas cidades, foi interrompido e esta situação marcou a região em sucessivas décadas.

Seringal Andirá na margem esquerda do rio Acre - (Fonte: FALCÃO, 1985.)


Ana Cunha Araújo

 
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